FILOSOFIA DE INVESTIMENTOS DA ACTUS ASSET:

Podemos descrever nossa estratégia de investimentos como uma fusão entre os conceitos de “Übermensch” e “amor fati”, que foram desenvolvidos pelo filósofo Friedrich Nietzsche. Isso se traduz, por exemplo, em sempre se tentar comprar opções de compra e de vendas sobre ações bastante fora do dinheiro.

Explicamos...

“Amor fati” significa “amor ao destino”. Trata-se de aceitação integral do destino humano em seus aspectos mais cruéis e dolorosos. Significa "Não só suportar o que é necessário, mas amá-lo". Essa é a atitude do super-homem, do “Übermensch”.

Como isso se aplica à gestão de recursos?

Alguns de seus pontos aplicáveis amplamente aos investimentos:

- Em condições de incerteza, devemos fazer experiências e não nos comprometer;

- O autodomínio e supressão de desejos por longos períodos de não gratificação levam ao ponto de o desejo desaparecer;

- O segredo para obter a maior produtividade é viver perigosamente e enviar seus navios para mares inexplorados;

- O valor de uma coisa não reside no que se obtém dela, mas no que se paga por ela;

- A educação santifica a mentira;

- Prefira ser entendido a admirado;

- Quem lê demais arruinará sua capacidade de pensar;

- Não há fatos eternos nem verdades absolutas;

- Um homem deve e pode se contradizer;

- A dor nos torna mais profundos conhecedores dos assuntos;

- Tudo depende da coragem;

- O pensamento consciente é instintivo;

- Atos diabólicos visão a autopreservação;

- O homem de conhecimento deve aceitar a responsabilidade por boas e más ações;

- Idéias novas são acompanhadas pela loucura;

- O veneno que destrói o fraco fortalece o forte;

- O adversário mais forte é a vaidade humana;

- Fazer planos traz boas sensações, mas é com a execução dos planos que vem a maestria;

- As opiniões do mercado hoje não indicam nada do que está por vir;

Transformando Nietzsche em uma filosofia concreta de investimentos, ou...
Interlocução entre a filosofia de Friedrich Nietzsche com a nossa, para gestão financeira:

1) Evite apenas os erros terminais. Erre pequenos erros. Erre os erros certos. Erre muito. Erre rápido.

2) Temos que propor regras práticas e heurísticas, para modificar os sistemas que criamos e deixar que o simples (o natural) siga seu curso.

3) Devemos combater a mentalidade “Soviet-Harvard”, vinculada a “conhecimento falso”: a ilusão de que os dilemas do mundo podem ser resolvidos com mais pesquisas, mais estudos, mais teorias ou mais dados.

4) Nunca tivemos tantos dados à disposição e, no entanto, a imprevisibilidade é muito maior hoje do que jamais foi. As crises que importam são imprevisíveis. Matematicamente imprevisíveis. Não adiantará juntar mais dados ou ter ferramentas mais potentes, eventos raros tenderão a ser mais frequentes e mais catastróficos, e isso vale para pessoas, empresas e países.

Por fim,

“Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas. Amor ao destino: seja este, doravante, o meu amor! Não quero fazer guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que minha única negação seja desviar o olhar! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia, apenas alguém que diz Sim!”. Nietzsche, Gaia Ciência, §276.

E se um dia, ou uma noite, um demônio lhe aparecesse furtivamente em sua mais desolada solidão e dissesse:

”Esta vida, como você a está vivendo e já viveu, você terá de viver mais uma vez e por incontáveis vezes, e nada haverá de novo nela, mas cada dor e cada prazer e cada suspiro e pensamento, e tudo o que é inefavelmente grande e pequeno em sua vida, terão de lhe suceder novamente, tudo na mesma sequência e ordem”.

O Eterno Retorno.

Nossa vida, tal como a temos vivido até agora, é resultado de uma afirmação ou do medo e da fraqueza?

Amamos devidamente este mundo para interiorizarmos o amor fati (amor ao destino)? É impossível afirmar o Eterno Retorno sem amar a vida, esta vida mesma, como se nos apresenta. A prova do Eterno Retorno é a mais pesada, a mais difícil, a mais desesperadora, mas como prêmio nos tornamos leves. Aprender a amar nosso destino, encontrar beleza no necessário, esta é a grande lição de Nietzsche. É preciso afirmar até mesmo o erro, afinal de contas, ele não é um erro! Ele era absolutamente necessário naquele momento. A exortação de apropriar-se do que aconteceu nos torna capazes de seguir adiante.
Redimir o passado, desatar os nós do ressentimento, dissolver a má-consciência: para que mais serviria o amor fati? A luta também faz parte deste amor: não se pode apenas entender que existem paradoxos e contradições, é necessário amá-los. Não o antagonismo brutal, mas o jogo.

“O necessário não me fere. Amor fati é minha natureza mais íntima“, Ecce Homo, 1888.

NIETZSCHE É O MAIOR DE TODOS OS SEGREDOS PARA GESTÃO DE RECURSOS
Exemplo:

Mark Spitznagel não é conhecido. Ele é um matemático. Começou sua carreira de trader aos 16 anos. É o fundador da Universa Investments desde 2007. Em 1999, em conjunto com seu professor na NYU, Nassim Taleb, fundou a Empirica.

IMPRESSIONANTES credenciais que a Universa detém:

- Em 2018, The Wall Street Journal reportou que “uma estratégia consistindo de apenas 3,3% de posição na Universa e todo o resto investido passivamente no S&P 500 registrou um retorno anual composto de 12,3% durante 10 anos, muito melhor do que o S&P 500 sozinho”;

- Universa foi o fundo que gerou maiores ganhos aos cotistas durante a crise de 2007-2008;
Em suma: na gestão financeira, nossa filosofia é fazer o que Nietzsche faria.

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